MPAA enfrenta seu pior pesadelo

 
As práticas questionáveis dos estúdios norte-americanos em relação às redes P2P e outros sistemas de troca ou compartilhamento de arquivos, processos contra usuários finais, extorsão, etc. não são novidade para ninguém.Entretanto, pouco a pouco sites com torrents e serviços como o megaupload estão se tornando um problema menor, frente ao aparecimento de uma ameaça ainda maior: os sites de download pagos, que oferecem extensas bibliotecas de músicas, filmes e seriados por preços módicos, tudo isso sobre uma fachada de serviço legal de venda de mídia.

Não é difícil chegar a estes sites. Basta acessar qualquer site especializado em torrents e olhar os banners de anúncios. Juntamente com os banners de sites de encontros, dinheiro fácil, etc. você encontrará anúncios prometendo downloads premium a preços baixos, apelidados de cyberlockers.
Estes sites têm muito em comum com os sites legais de venda de música e filmes, oferecendo todos os últimos lançamentos, com uma biblioteca bem estruturada e boas funções de pesquisa, downloads rápidos e múltiplas opções de pagamentos. Entretanto, eles oferecem preços muito mais baixos ou em muitos casos assinaturas ilimitadas por taxas mensais fixas.

A grande questão é que, como pode imaginar, estes sites operam na ilegalidade, sem pagar nada aos estúdios. Adicionando insulto à agressão, eles também não precisam se preocupar com acordos de licenciamento, o que permite que ofereçam mídia de vários estúdios e gravadoras diferentes, disponibilizando não apenas filmes já lançados, mas também screeners e versões prévias de títulos que ainda não foram lançados.

Estes sites operam invariavelmente na Rússia, Ukrania, Suécia e outros países com leis mais relaxadas de proteção ao direito autoral, ou com pouca fiscalização e estão crescendo rapidamente em popularidade, concorrendo de maneira desleal com os sites pagos legítimos.
Naturalmente, usar um destes sites não é menos ilegal do que baixar arquivos via P2P, mas o fato de muitos (talvez a maioria) dos consumidores não saberem como distinguir estas centenas de sites dos sites legais de venda e download, e o fato de eles operarem de maneira quase profissional, oferecendo serviços em muitos casos superiores aos de sites de download legal têm se tornado uma grande dor de cabeça para os estúdios, fazendo com que as próprias redes P2P passem a ser vistas como um inimigo secundário. É impossível não perceber a ironia da situação: a MAFIA (Music And Film Industry Associations) enfrenta a Máfia.