quarta-feira, 14 de abril de 2010

Instituto Nokia de Tecnologia desenvolve placas flexíveis para o mercado mobile



Os avanços nas pesquisas com placas flexíveis permitirão que a indústria fabrique objetos eletrônicos maleáveis, com baixo custo, que mudarão a forma com que as pessoas podem interagir com os dispositivos eletrônicos.
Um exemplo disso é o projeto Printable Electronics do Instituto Nokia de Tecnologia, que consiste na impressão de circuitos elétricos em placas flexíveis, utilizando uma tinta especial à base de nano materiais metálicos. 

“Essas pesquisas abrem muitas possibilidades de novas aplicações. Um produto poderá modelar-se ao pulso, à roupa, ou estar conjugado a outro objeto”, destaca Renato Bonadiman, pesquisador da área de Tecnologia de Produto e Manufatura.
Para criar as placas flexíveis, os estudiosos usam o plástico poliimida, que pode ser aquecido em aproximadamente 400 graus sem perder suas propriedades. Essas placas são submetidas a um processo de impressão de traços condutores de eletricidade feitos por um equipamento gráfico de alta precisão. O resultado é uma placa de circuito eletrônico leve, flexível, que utiliza traços condutores feitos com essa tinta especial, como transmissores dos pulsos elétricos.
“Uma vantagem é a possibilidade de inovarmos em design. Os aparelhos não necessariamente precisarão ser uma caixa rígida. Poderão assumir formas diversas como, por exemplo, de uma pulseira ou uma bola. Poderemos até dobrar o celular e colocar no bolso.”, afirma Bonadiman.





A durabilidade também deve ser um ponto forte dos dispositivos flexíveis, segundo o pesquisador. “Os aparelhos devem ser mais leves e menos propensos a quebrar em eventuais quedas”, explica.
Esta tecnologia permite a criação de dispositivos eletrônicos que podem ter um custo menor que dos aparelhos atuais. Além disso, a solução também é ecologicamente correta. Isso porque, conforme Bonadiman, sua produção não precisa da utilização de ácidos e gera menos metais pesados do que o processo convencional de fabricação de placas rígidas.
Recursos como sensores para a interagir com o ambiente, para detectar se um alimento está estragado ou se o nível de sol pode prejudicar a nossa pele, por exemplo, bem como a recarga de bateria por energia solar, são algumas promessas dessa tecnologia. Porém, ainda não está tão perto de ser uma realidade. “Acredito que em cerca de seis anos a tecnologia para criação de um celular flexível esteja disponível no mercado”, prevê Bonadiman.

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