quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Mundo Hi-Tec
Tendência de queda nos custos do outsourcing se mantém em 2010
Especialistas apontam que deve existir um crescimento na entrega dos serviços de forma retoma e as empresas tendem a estar mais dispostas a adquirir soluções sob demanda
Os preços cobrados pelos serviços de terceirização de TI caíram bastante durante este ano e analistas do mercado apostam que essa tendência de baixa nas tarifas praticadas pelos fornecedores deve continuar em 2010. Isso não apenas por causa da crise econômica mundial, mas também devido ao aumento da adoção de offshore e da pressão dos clientes por modelos de cobrança mais flexíveis, bem como pela redução de serviços oferecidos.
“Hoje percebemos muito mais empresas buscando reduzir custos por meio da terceirização em outros países do que há alguns anos”, afirma o CEO da consultoria em outsourcing Alsbridge, Bem Trowbridge, o qual complementa: “Além de mão-de-obra mais barata, a oferta de serviços com pouco valor agregado também impulsiona a diminuição das taxas cobradas por muitos dos fornecedores.”
O CEO da consultoria em outsourcing Equa Terra, Mark Toon, afirma que os gestores de TI continuarão focando suas atuações na redução de custos e evitando investimentos altos no próximo ano. No entanto, o diretor global de pesquisa da companhia, Stan Lepeak, defende que, em 2010, a pressão por melhores preços será temperada pela exigência dos clientes por garantias de que os parâmetros do contrato firmado não prejudicarão os negócios.
Gerenciamento remoto
No que tange aos modelos de outsourcing, a tendência é de que a entrega de serviços de forma remota cresça e seja aplicada tanto quanto possível. Ao mesmo tempo, a atuação de fornecedores de offshore deve reduzir os preços dos serviços relacionados a desktops e redes.
Além disso, conforme os provedores remotos de infraestrutura aprimoram suas habilidades, mais consumidores devem analisar a possibilidade de adotar o padrão de offshore como mecanismo de redução de despesas. “E todas essas tendências sejam convertidas em diminuição das taxas praticadas pelos fornecedores”, explica Kalnik.
Entretanto, para o diretor de consultoria em TI da Equa Terra, Paul Cornelisse, esses cortes de custos são ilusões que devem passar rapidamente. “Quando amadurecem em relação a esse tipo de prestação de serviço, as empresas passarão a escolher os fornecedores com base na flexibilidade que proporcionam e no grau de confiança entre as partes”, defende ele.
Novos modelos de precificação
Com algumas incertezas econômicas ainda em voga, os clientes continuarão em busca de bons preços e de flexibilidade no contratos de outsourcing no próximo ano. Nesse sentido, as expectativas são de que aumente a procura por serviços sob demanda, uma vez que as organizações não têm uma previsão adequada de suas necessidades.
Por outro lado, os modelos de cloud computing continuarão atraindo cada vez mais gestores de TI. Cornelisse afirma que, em 2010, a tendência é de que fornecedores e clientes passem a entender melhor o padrão de computação em nuvem, bem como seus níveis de precificação. “E isso deve direcionar as empresas para a adoção de novos modelos de entrega de serviços por meio de cloud computing”, conclui ele.
As cinco principais tecnologias corporativas da última década
tecnologias corporativas, os últimos dez anos parecem não ter tantas novidades quanto a década anterior. Ainda assim, a mudança do modelo de cliente-servidor para a web, dos sistemas proprietários e caros para os abertos foram algumas das transições marcantes do período.
Assim, ao observar a TI nesta década é relativamente fácil eleger as cinco tendências que mais contribuíram com a evolução do setor no ambiente corporativa. Vale destacar que essas tecnologias não foram inventadas nos últimos dez anos, mas todas elas ganharam espaço no mercado durante o período.
Linux
Se fôssemos batizar os anos 2000 com uma única tecnologia, o nome seria década Linux. O primeiro núcleo do sistema foi lançado em 1991, mas a adoção corporativa da plataforma foi definitivamente nessa década. O Linux não só abriu novas funções para o hardware x86 como também mudou a economia o desenvolvimento dos negócios de software para sempre.
XML
Primeiramente recomendado ao W3C em 1998, o XML não recebeu atenção até meados de 2002. Hoje, o sistema é o padrão universal para trocas de dados e documentos, possibilitando tudo: de integração de aplicativos corporativos aos feeds (RSS). Todos os grandes sistemas de gestão de bancos de dados afirmam ter a tecnologia XML “nativa”.
Virtualização de servidores
Em 2004, quando a tecnologia estava surgindo, a ideia de dividir um servidor em várias máquinas virtuais parecia mais um exercício acadêmico do que uso comercial, até que se percebesse que os servidores usavam um mínimo de desempenho alcançável. A virtualização de servidores foi uma das tecnologias mais rapidamente adotadas pelas empresas.
Aplicações ricas para a internet
Uma porção de tecnologias, incluindo AJAX e Flash, permitiu aos aplicativos web substituir aplicações em cliente-servidor nas empresas. Os programadores só tinham que evitar recursos específicos para um navegador: as novas versões dos aplicativos não precisavam de atualizações nos clientes – algo que, entre outros, proporcional crescimento aos serviços de softwares. A transição para a web também democratizou a programação, apoiando desenvolvimento leve com linguagens de script.
Área de armazenamento em rede
Blocos endereçáveis para transferência de dados entre vários sistemas de armazenamento contectados via FibreChannel foi uma novidade no início dessa década. Separar os dados corporativos e os colocar em sua própria rede de alta velocidade também reduziu as falhas críticas. Se os anos 80 foram a década do PC, e os anos 90 foram a década da internet, então o que faltou para os anos 00 foi uma tecnologia grande e única para definir o período.
(Eric Knorr)
Gastos com TI em 2010 vão voltar a patamares de antes da crise
Uma recente previsão da consultoria IDC trouxe uma visão otimista em relação a 2010. No período, há uma previsão que os gastos globais com TI devem voltar aos mesmos patamares de 2008, quando o mercado movimentou 1,5 trilhão de dólares. O que representa um crescimento de 3,2% em relação a 2009.
Para o analista-chefe da IDC, Frank Gens, o próximo ano deve começar com um movimento visível de recuperação, o que pressiona para cima os gastos e gera oportunidades para diversas transformações nas infraestruturas de tecnologia.
E os mercados emergentes são considerados os principais responsáveis pelos aumentos projetados para a área de TI. Segundo a IDC, essas geografias tendem a responder por mais da metade do novo crescimento do setor em 2010. No caso específico do bloco BRIC (Brazil, Rússia, Índia e China) ele tende a responder por 8% a 13% dos gastos globais.
O movimento, segundo a IDC, causará impacto em todos os segmentos da tecnologia. O mais evidente é o cloud computing, que iniciará um processo acelerado de evolução no período. Além disso, as aplicações de negócios integradas com as redes sociais devem ganhar ainda mais força e haverá um interesse renovado pelo tema de TI Verde.
A IDC destacou também que o setor de telecomunicações como um todo experimentará recuperação expressiva, com 3% de crescimento. O retorno aos investimentos em IP e tráfego de dados nos mercados maduros e o forte avanço da mobilidade em países emergentes proporcionará a recuperação.
Mais de 40% das empresas no Brasil usam virtualização de servidores
Cerca de 42% das empresas de médio e grande portes instaladas no Brasil já aderiram à virtualização de servidores. A conclusão faz parte de um estudo realizado pela consultoria IDC, em outubro e novembro de 2009, com 155 companhias instaladas no País.
Segundo a análise, mesmo os 48% de respondentes que não utilizam soluções de virtualização de servidores conhecem a tecnologia e como ela funciona. De acordo com o gerente de Enterprise Solutions da IDC, Reinaldo Roveri, mesmo com a alta penetração desse tipo de tecnologia, há uma expectativa de crescimento nos números do setor.
"O Brasil está consolidando sua base tecnológica para a próxima geração dos ambientes de tecnologia da informação", afirma Roveri, ao citar que a disseminação do cloud computing vai exigir uma TI mais flexível.
Entre os setores que mais devem investir na virtualização em 2010 está o segmento bancário. Segundo estudo da IDC divulgado no fim de outubro, os bancos aumentarão os recursos destinados à TI no próximo ano e a tecnologia para tornar os servidores virtuais aparece como um dos focos, junto com consolidação dos equipamentos e convergência de voz e dados.
Fonte: Uol
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