A Microsoft conseguiu uma patente para seu projeto de entregar um computador como serviço, cobrando do usuário por hora. A idéia dela é (além de ganhar dinheiro, claro) facilitar a distribuição de um computador novo para pessoas com baixo rendimento.
O hardware e o sistema seriam bloqueados, somente liberando os recursos conforme a compra de créditos. Com isso os clientes poderiam obter o computador praticamente de graça ou pagando uma pequena quantia.
Segundo diversos analistas ou mesmo qualquer pessoa comum analisando o projeto, em pouco tempo o computador "pré-pago" sairia muito mais caro para os consumidores. Mesmo quem usa poucas horas por dia ou semana. O usuário escolheria entre alguns pacotes de software e recursos de hardware, e então pagaria por hora de uso.
Por exemplo, supondo preços de $1 por hora de trabalho, $1,25 por hora de jogo ou $0,80 por hora de acesso à web. Uma jornada de 8 horas diárias daria $8 por dia num ambiente de trabalho, cerca de $40 numa semana ou $160 num mês (preços em dólares). Com dois ou três meses a pessoa poderia comprar um computador básico por esse preço. Para pessoas que usam poucas horas por dia o negócio pode parecer atrativo num primeiro momento, mas vale a pena pensar bem antes de cair nisso quando estiver disponível.
Esse ponto do custo será um grande desafio para a Microsoft, se ela levar mesmo a idéia adiante. O pedido de patente concedido na semana passada deixa a entender que o projeto será aplicado mesmo. Se vier, provavelmente será mais uma tentativa fracassada, como o Windows Starter Edition, vendido em países "pobres" (incluindo o Brasil). Na prática, muita gente que compra computador com o Starter Edition acaba obtendo uma cópia pirata do Windows XP ou mesmo de algumas edições do Vista, o que volta contra a própria MS. No caso do computador pago por hora de uso, no entanto, a dificuldade ou impossibilidade de desbloquear o hardware impediria facilmente o uso sem pagar.
Fonte: Daily Tech
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